Ettore Bugatti fundou a Automobiles Ettore Bugatti em 1909 em Molsheim, Alsácia (então Alemanha, hoje França). Nascido em Milão em 1881, era artista e engenheiro. Seu primeiro carro, o Type 10 (1908-1909), já mostrava traços do futuro: leveza e beleza. O Type 13 (1910) venceu em Brescia, dando origem à lendária linhagem “Brescia”. Com motores 4 cilindros e design inconfundível (radiador em ferradura), os Bugatti dominaram corridas pré-guerra. Em 1914 o Type 18 “Garros” já tinha 100 cv – potência absurda para a época. A marca tornou-se sinônimo de arte automotiva.
1924: nasce o Type 35, o carro de corrida mais vitorioso da história – mais de 2.000 vitórias, incluindo 5 Targa Florio consecutivas (1925-1929). Com motor 8 cilindros em linha, rodas de alumínio fundido e beleza eterna, foi pilotado por lendas como Nuvolari. Em 1926 surge o Type 41 Royale, o carro mais luxuoso já feito: 6 unidades, 12,7 litros, 300 cv, 6 metros de comprimento. Era tão caro que nem reis compravam (só 3 foram vendidos). A crise de 1929 e a morte de Jean Bugatti em 1939 (testando Type 57) marcaram o fim da era dourada.
Segunda Guerra, mudança de Molsheim para França e falta de capital destruíram a Bugatti. Último carro de rua foi o Type 101 (1951-1956), apenas 8 unidades. Em 1955 a marca faliu. Em 1963 foi comprada pela Hispano-Suiza, depois por empresários sem sucesso. Tentativas como EB110 (1987-1995) pela Bugatti Automobili SpA de Romano Artioli trouxeram 139 unidades com 560 cv e 3,5 toneladas de carbono, mas faliram em 1995. A fábrica de Campogalliano fechou e a marca voltou a ser apenas um nome histórico.
Em 1998 a Volkswagen comprou os direitos da Bugatti por US$50 milhões e instalou-se em Molsheim. Ferdinand Piëch queria o carro mais rápido, potente e luxuoso do mundo. Em 2005 nasceu o Veyron 16.4: motor W16 8.0 quadriturbo, 1.001 cv, 407 km/h (recorde mundial), 0-100 km/h em 2,5s. Custava €1,1 milhão e cada unidade dava prejuízo de €5 milhões. Foram produzidas 300 coupés e 150 Grand Sport conversíveis até 2015. A VW perdeu mais de €1 bilhão, mas devolveu a Bugatti ao Olimpo.
2016: Chiron sucede o Veyron com W16 8.0 agora 1.500 cv, 420 km/h limitados (482 km/h sem limitador – recorde 2017 pilotado por Juan Pablo Montoya). 0-100 km/h em 2,4s, 0-400-0 km/h em 41,96s (recorde). Preço €2,5 milhões. Variantes: Sport, Pur Sport, Super Sport 300+ (490,48 km/h em 2019 com Andy Wallace – primeiro carro de produção acima de 300 mph). Até 2022 foram 500 unidades (todas vendidas antes do fim da produção). A Bugatti atingiu lucratividade pela primeira vez em décadas.
“Dirigir uma Bugatti não é apenas sobre velocidade é sobre experimentar o ápice do luxo e do desempenho, vivendo momentos que poucos no mundo podem alcançar.”
2018 nasce La Voiture Noire (€11M + impostos, o carro novo mais caro da história). 2019: Centodieci (€8M, homenagem EB110). 2021: Bolide (1.850 cv, 500+ km/h, versão pista). 2022: W16 Mistral roadster (€5M). A divisão Sur Mesure cria one-offs como Divo (€5M, 40 unid.), perfil mais nervoso. Cada carro leva 6-12 meses de personalização artesanal em Molsheim. A Bugatti volta a ser o que era nos anos 20: objeto de arte para bilionários, com lista de espera de anos mesmo a €5-15 milhões.
Em junho de 2024 foi entregue o último Chiron L’Ultime (500ª unidade). O motor W16 de 16 cilindros e 4 turbos, símbolo da Bugatti moderna, encerrou produção após 19 anos e quase 1.000 carros. Em agosto de 2024, no The Quail (Monterey Car Week), foi revelado o sucessor: Bugatti Tourbillon. Motor V16 8.3 aspirado Cosworth (1.000 cv) + 3 motores elétricos (800 cv) = 1.800 cv totais. 0-100 km/h <2s, 445 km/h limitados. Produção limitada a 250 unidades a partir de 2026 por €3,8 milhões.
Em 2021 a VW criou a joint-venture Bugatti-Rimac: Mate Rimac (fundador da Rimac) tornou-se CEO, Porsche 45%, Hyundai 12%, resto com família Porsche-Piëch. Sede continua em Molsheim, mas tecnologia elétrica vem de Zagreb. O Tourbillon é o primeiro carro dessa nova era: mantém DNA Bugatti (luxo, artesanato, V16) mas com powertrain híbrido de 1.800 cv e bateria de 800V. A Bugatti agora é lucrativa, sustentável e prepara mais modelos (rumores de SUV elétrico de €1M+ para 2027).
Em dezembro de 2025 a Bugatti é a marca mais exclusiva do planeta: apenas 80-100 carros/ano saem de Molsheim, todos vendidos com anos de antecedência. O Tourbillon já está esgotado (250 unidades). A lista de clientes inclui reis, bilionários e colecionadores que pagam €4-15 milhões por one-offs. A marca voltou ao que Ettore sonhava: cada Bugatti é uma escultura funcional, feita à mão, única e tecnicamente insana. 116 anos após a fundação, a Bugatti continua sendo o ápice absoluto do automóvel.
Reino Unido – H.R. Owen Bugatti Service, Hatfield
📍 Hatfield Business Park, Mosquito Way, Hatfield, AL10 9WN, Reino Unido
📞 01707 925759
📧 / 🌐 (Contato prioritário por telefone)
⚠️ Centro autorizado exclusivo no Reino Unido, realiza manutenção, reparos e serviços em modelos como Veyron, Chiron, Divo, Mistral, Tourbillon e EB110, com técnicos treinados pela fábrica.
Bélgica – Bugatti Brussels (D’Ieteren Centers)
📍 (showroom dedicado em Bruxelas)
📧 / 🌐 (Contato não divulgado)
⚠️ Centro de experiência e serviço dedicado à Bugatti, operado por D’Ieteren Group, oferecendo atendimento personalizado e consultoria especializada
Suíça – Bugatti Zürich (Schmohl AG)
📍 Stinson-Strasse 2, 8152 Glattpark (Opfikon), Suíça
📞 043 211 44 44
📧 info@bugatti-car-zurich.ch
⚠️ Concessionária e partner de serviço autorizado em Zürich
Polônia – Bugatti Katowice (Grupa Pietrzak)
📍 ul. Bocheńskiego 109, 40-816 Katowice, Polônia
📞 +48 32 797 34 34 (central)
📞+48 532 433 739 (Brand Manager)
📞+48 575 955 919 (Sales Manager)
📧 [email protected]
🌐 www.partner.bugatti.com/katowice
⚠️ Showroom e serviço autorizado, operado pela Pietrzak Group, parceiro oficial desde 2022.
Até o momento, a Bugatti não possui nenhuma oficina ou concessionária autorizada diretamente no Brasil.
O atendimento oficial para clientes brasileiros é feito por meio de parceiros na América Latina. Aqui está um panorama completo:
Atualmente, o único importador/distribuidor oficial da Bugatti na América Latina é o Grand Chelem, com sede no México.
Esse grupo está habilitado para importar e distribuir modelos como Chiron, Veyron, Bolide, entre outros, e oferece suporte personalizado aos clientes de toda a região, incluindo o Brasil .
Quando um cliente brasileiro manifesta interesse, o representante do Grand Chelem pode:
Acompanhar todo o processo de encomenda e configuração (pintura, acabamento sob medida).
Gerenciar homologação e importação do veículo para o Brasil.
Planejar visitas técnicas e entregas, com especialistas que se deslocam ao país conforme necessário .
A política de garantia da Bugatti exige que todas as manutenções sejam realizadas por “Service Partners autorizados” (ou “Service Partners of Excellence”), que devem seguir padrões ISO 9001 e contar com técnicos treinados diretamente pela fábrica em Molsheim (França) .
No entanto, nenhum Service Partner autorizado está oficialmente registrado no Brasil. Portanto, os proprietários utilizam as estruturas latino-americanas (México/Grand Chelem) ou enviam o carro para centros na Europa para manutenção e revisão sob garantia.
A marca oferece também um programa Certified Pre-Owned para Veyron e Chiron usados, garantido globalmente, mas sempre exigindo atendimento por meio de parceiros autorizados
